28 de abril a 1 de maio de 2012 em Porto Alegre-Brasil
http://efalac.wordpress.com/2012/01/09/efalac-2012/
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Na década de noventa, a autonomia se converteu numa corrente política e teórica do feminismo latino-americano frente aos fenômenos da institucionalização e da dependência dos governos, partidos políticos e da cooperação internacional neocolonial; bem como dos processos de ONGnização do movimento com sua imposição de lógicas hierárquicas e burocráticas às organizações, que repercutiu na proposta ética política transformadora do
feminismo em quase todos os países da América Latina e do Caribe.
Esse EFAlac não leva número pois eles geram hierarquias, dão existência a alguns e a outros não, e disso as mulheres e as lésbicas já sabemos suficiente. Por isso que o EFAlac, simplesmente existe. Muitas das companheiras que estão hoje comprometidas na organização, tem participado também do EFA que aconteceu no México em 2009
assim como aqui na cidade de Porto Alegre em 2010 no EAF – Encontro Autônomo entre Feministas http://mulheresrebeldes.blogspot.com/2009/12/encontroautonomo– entre-feministas.html Também há, em outros lugares do Brasil e na nossa América Abya Yala (nome que se dava ao nosso continente antes dos colonizadores chegarem). Em 1998 aconteceu Sorata, o encontro Autónomo na Bolivia, dois anos mais tarde teve outro no Uruguay.
No ano passado, companheiras cúmplices da Colômbia organizaram o ELCAP feminista http://www.elcapfeminista.org/ assim como agora a pouco na Bahia, outro grupo fez, também desde a autonomia e a autogestão o II Festival Vulva La Vida http://festivalvulvalavida.wordpress.com/
“OUTRO” FEMINISMO: AUTÔNOMO descolonizando mentes, corpos, e ações
sub-eixos
1. recuperando as histórias da autonomia na América latina e no caribe. Como caracterizamos a identidade coletiva da autonomia feminista no contexto dos princípios do século XXI? Quais as novas articulações, estratégias e práticas que incorporamos para enfrentar nossos contextos e a aparição de novas problemáticas. Convocamos a fazer uma caminhada para mapear o que caracteriza a autonomia nas últimas décadas.
2. a autonomia feminista e sua relação com outras propostas críticas e contrahegemônicas a partir dos diversos espaços onde atuamos.
• Autonomia, movimentos antirracistas e descolonizadores.
• Autonomia e movimentos anticapitalistas.
• Autonomia, lesbianidade feminista, e luta contra o regime heterossexual.
• Autonomia e antimilitarismo.
• Autonomia e preservação da natureza
3. O pensar-fazer de nossas apostas-propostas “outras”.
1. Marco e perspectiva ético-político de um feminismo autônomo contrahegemônico.
• Autogestão e Autonomias.
• Teorias e práticas descolonizadoras e autônomas.
• Relações entre diferentes gerações de feministas autônomas.
• Relações com outros feminismos da região.
2. Estratégias regionais e locais para aprofundar este fazer feminista autônomo, contra-hegemônico, antirracista, anticapitalista, antiheterosexista e descolonizador.
FEMINISMO
“A idéia de feminismo está envolvida em
tantos preconceitos e pré-julgamentos, e
provoca uma aversão às vezes tão grande
mesmo em pessoas aparentemente abertas,
que é preciso falar do assunto mais até do
que o necessário. De todos os movimentos
mais ou menos revolucionários, que buscam
formas de organização não necessariamente
partidárias, o feminismo é o que
encontra maior resistência à aceitação,
mesmo por parte daqueles que se pretendem
contrários ao “sistema” por pensamentos,
palavras e obras”.
(…)
“as críticas aos possíveis equívocos
de uma prática feminista não podem ser
estendidas ao feminismo como um todo.
E se essa generalização indevida parte
mais comumente dos homens, é bom lembrar
que o feminismo traz em si uma nova
maneira de pensar a realidade tanto para
a mulher quanto para o homem. Portanto,
embora por motivos óbvios tenha nascido
entre as mulheres, é uma luta tanto do
homem quanto delas, porque quer libertálos
dos papéis rígidos que são obrigados
a representar, tanto um para o outro,
quanto nas respostas que dão às exigências
sociais”.
ESCRITOS sobre feminismo – nº 0
publicação do Grupo de Mulheres de
Porto Alegre
Costela de Adão.
ano 1980
http://www.mulheresrebeldes.org/
publica%C3%A7%C3%B5es/revistas.html
As reuniões preparatórias para o EFAlac, são abertas e acontecem todas as quintas-feiras, as 19.30 hs no Comitê Latino-Americano.