[Aracaju/se] Relato do Laricaço na ocupação A Casinha
Ontem foi o dia da Cordel Anarquista fortalecer a Ocupação A Casinha, somar forças xs compas que saíram da comodidade da vida individualista e consumista para uma vida coletiva, foi um dia de ver de perto um espaço que provoca a criatividade, que podem sim romper com a normatividade e construir relações horizontais em busca da autogestão de nossas vidas.
A vida institucionalizada nos tira tudo que nos gera autonomia, nos arrancam: o saber fazer de maneira coletiva, o saber distinguir individualidade de individualismo, o saber nos curar através da natureza, o saber gerir nossa própria educação, o saber cultivar nosso próprio alimento, o saber fazer política permeada de afetos e cuidados…Mas ontem no laricaço a ideia foi outra.
A comunidade se fez presente, bebês,crianças, jovens, adultxs e idosxs…se misturando com xs moradorxs da Casinha e com xs visitantes.
Iniciou as atividades da Casinha com grafites nos muros da ocupação, dando mais vida ao espaço. Teve um rango vegano (todo feito de recicle), que por sinal estava maravilhoso, que ficou a disposição para se servirem livremente. Depois rolou uma roda de conversa, sobre “Ocupação de espaços urbanos”, com a participação de vários coletivos, ficando a Cordel Anarquista juntamente com a Dhuzati Coletiva Vegetariana Artesanal, responsáveis em facilitar odebate sobre “Ações em rede e autonomia de gestão e produção de espaços coletivos e colaborativos”. Paralelamente houve uma oficina de malabares (confecção e manuseio de swings) para as crianças, preocupação está importantíssima para a desconstrução do mundo adultocêntrico, comotambém para integração das crianças no projeto da ocupação. E por último rolou som, poesia e microfone aberto.
Enfim foi um momento de muita troca de experiências, de sonhos. Ocupar um espaço pressupõem conflitos na esfera macro (Estado, capitalismo, partidos), mas o que faz muitas vezes conseguir enfrentar esses conflitos é a forma como é encarado os desafios postos na esfera micro (autoritarismo, hierarquia, machismos, transfobia, racismo e outras opressões do cotidiano). Muitos são os desafios, mas onte m foi um dia que tivemos contato com pessoas que estão na disposição de ultrapassar barreiras e enquanto houver autonomia e autogestão a Cordel Anarquista estará lá para somar.
VIDA LONGA A OCUPAÇÃO A CASINHA!!!
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