Pequeno relato sobre a I Feira de Cultura Libertária de Recife


Pequeno relato sobre a I Feira de Cultura Libertaria de Recife
Esse é um pequeno relato que tem o objetivo de incentivar ainda mais essas iniciativas, e também de passar um pouco para quem não teve a oportunidade de participar o que aconteceu durante a feira.
Entre os dias 12 e 13 de outubro rolou I Feira de Cultura Libertaria de Recife, vindo a somar com as diversas feiras libertárias e anarquistas que vem acontecendo no brasil e no mundo, e coincidentemente nessa mesma data também estava rolando a I Feira Anarquista de Ribeirão Preto/SP.
Logo que soubemos que haveria a feira em recife nos empolgamos em comparecer para fortalecer mais essa iniciativa, e ao chegar na feira o que mais nos impressionou foi perceber que diversxs companheirxs de varias regiões do nordeste também se fizeram presentes, companheirxs de natal/rn, caicó/rn, delmiro gouveia/rn, fortaleza/ce, e que além de contribuírem para a feira também pudemos nos rever, estreitando cada vez mais nossas relações.
O primeiro dia foi na Praça Oswaldo cruz no centro de recife, varias banquinhas, de livros, zines, jornais e como não poderia faltar também banquinhas de comidas veganas. Rolou alguns debates, a apresentação de um grupo de rap local, e roda de capoeira de angola, pudemos estar presente em dois debates, um sobre as manifestações de junho “A urgência das Ruas: As manifestações no Brasil sob um olhar libertário”, e o outro sobre “Feminismo e o enfrentamento do machismo no meio libertário”, que no qual esse último nos chamou muita atenção pela quantidade de pessoas e intervenções que ocorreram, mas principalmente pela combatividade presente nas falas.
Já no segundo dia a feira aconteceu no bar do iraq e a maior parte das atividades estavam previstas para o período da tarde exceto a culinária, que foi a responsável pelo almoço de todxs, e que aconteceu a partir de contribuição voluntária.
Por conta de algumas oficinas e debates que aconteceriam no primeiro dia terem sido transferidas para o segundo, por conta do tempo, aconteceu que houve diversas oficinas e debates simultâneos, fazendo com que tivéssemos que ser mais seletivxs na escolha das atividades que iriamos participar, deixando de participar de algumas oficinas que tínhamos muito interesse em participar também.    
Nossa escolha foi pela oficina “Produção de Livros Artesanais” que foi organizada por uma galera de Caicó/RN, que dificilmente não chamam atenção onde estão pela energia e empolgação que trazem. Foi uma oficina típica da frase “Faça você mesmx” desmistificando os mistérios e dificuldades que muitas vezes envolvem a produção de livros, e também todxs que participaram puderem levar o exemplar do livro que produziu.
Na ultimo debate da Feira que aconteceu já no final de tarde e começo da noite foi o de “Mídias Autônomas” debate puxado por nós da Rádio Cordel Libertário e também pelo pessoal da Rádio Lama de Recife. Foi um debate que superou nossas expectativas, pela quantidade de informação e a presença de companheirxs que participavam em diferentes espaços de se fazer mídia, (rádio lama – transmissor, rádio cordel libertário- rádio web, recife resiste – web e jornal, e tinha um outro companheiro que participava de uma rádio poste no bairro alto José do pinho em recife/pe), foi trazido várias questões que giraram em torno das dificuldades e desafios de se criar e manter meios de comunicação autônomos e libertários.     
Quando terminou a feira fomos com um pessoal (que alias gostamos bastante) para uns trailers próximos ao espaço que estava acontecendo a feira, e fechamos o dia dançando anarcofunk.
Ainda antes de voltarmos para Salvador/Ba fomos convidadxs para participar de 2 transmissões ao vivo na rádio lama, onde a primeira o tema era a própria feira que aconteceu e também falar um pouco sobre a rádio cordel libertário, e a segunda sobre veganismo, foi uma vivência muito interessante, falar em uma rádio com transmissor, o que certamente nos instigou em futuramente investir em um transmissor, e assim ter muito mais contato com a comunidade.      
Espaço como este que rolou em Recife é muito importante que tenha uma vida longa e incentive outros lugares a também construírem, criando assim mais um espaço que nos faça mexer, que cutuca o automatizado que esta em nós, possibilitando assim mudanças, articulações e construção dessa rede de iniciativas libertárias/anarquista pelo mundo afora, reconhecendo assim os nossos pares, as nossas forças e por fim os pontos de resistências.

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